sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sessões HangOut da tarde de sexta-feira

Por hoje acabamos de encerrar a última sessão que, infelizmente, não conseguimos que os autores participassem. Porém, o tempo foi ricamente aproveitado pelos participantes do dia, em uma conversa muito gostosa!

Os vídeos estão disponíveis no Canal da APECV no Youtube para visualização.

Agradecemos a todos pelas participações, cremos que foi realmente muito produtivo!

Até amanhã!

Sessões Presenciais do Congresso ao vivo


Para seguir as sessões presenciais do Congresso da RIAEA ao vivo sigam o link https://new.livestream.com/accounts/2258619/events/3041298

Sessões HangOut

Estamos encerrando as sessões da manhã do #2riaea26apecv

Foram ótimas, ambas!

Contamos com as apresentações de Ricard Huerta (EL ESPACIO URBANO VISTO POR LOS ESTUDIANTES DE MAGISTERIO DE EDUCACIÓN PRIMARIA DE LA UNIVERSITAT DE VALÈNCIA) e Amparo Alonso-Sanz (MIRADAS AL AULA DE ENSEÑANZAS ARTÍSTICAS).

Diálogos riquíssimos!

Vamos agora para a pausa do almoço.

Convido todos para, as 14h00, horário do Brasil, reiniciarmos os trabalho, com a apresentação de Maria Emilia Sardelich (VISUALIDADES EM PRÁTICAS TRANSDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORESPARA A EDUCAÇÃO BÁSICA).

Aguardamos todos no HangOut!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Abaixo seguem os resumos dos trabalhos participantes do congresso.

#2riaea26apecv

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Autorretrato Ampliado

AUTOR:

Terezinha Pacheco dos Santos Lima - Aluna de mestrado - UFPR Universidade Federal do Paraná.

RESUMO:

As manifestações artísticas acompanham o desenvolvimento humano, desde que se têm os primeiros registros da ação humana no mundo. Esse aspecto relacional, entre o sujeito e a arte, se mostra como algo intrínseco, além de que, por meio dessa relação o sujeito se autopercebe na sua humanidade. Entretanto, outros aspectos desse mesmo movimento se desenham de forma específica para cada sujeito, acolhendo o que ele tem de mais singular. O presente estudo considera que a identidade do sujeito passa por relações que implicam o si mesmo, o outro e o meio vivencial. Com a prática do autorretrato, na concepção ampliada, busca-se identificar a qualidade dessas interações nas identificações desse sujeito, bem como, as relações que permeiam a sua autopercepção e definem sua autoimagem. Fez-se uso como base teórico-metodológica da Afetividade Ampliada, que caracteriza o desenvolvimento humano através da análise inter-relacional entre as categorias identidade e alteridade. A partir deste sistema, buscou-se investigar a constituição da identidade de sujeitos que frequentam o espaço de arte de um centro de atenção psicossocial, e o papel da autopercepção nesse processo. Tomou-se como hipótese que a imagética do pensar, em seu aspecto relacional, do sujeito com o outro, implica significativamente nas identificações e na identidade desse sujeito. Ao ir além do autorretrato convencional, no desdobramento de um autorretrato ampliado, o sujeito engendra um instante imagético, sublinhado pela imagem corporal, colocada a serviço da expressão, tanto da face como de qualquer outra parte do corpo físico ou corpo psíquico, concentrando-se, contudo na expressão da sua subjetividade em relação ao outro. Desse modo, a prática foi organizada em quatro dimensões expressivas: Desenho da Figura Humana, Objeto Encontrado, Ensaio Coletivo, engendrados em tres aspectos relacionais denominados: Encontro, o Ato e o Jogo. Destaca-se a importância do aspecto relacional nos processos de constituição desses sujeitos, de modo que, a qualidade das interações contribua para um desenvolvimento integral dos mesmos.

REFERÊNCIAS:
  • Didi-Huberman, G. (2005). O que vemos o que nos olha. São Paulo: Editora 34.
  • Didi-Huberman, G. (2013). Diante da imagem. São Paulo: Editora 34.
  • Fabbrini, R. (1994). O Espaço De Lygia Clark. São Paulo: Atlas. 
  • Fabris, A. (2004). Identidades Virtuais: Uma Leitura Do Retrato Fotográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG.
  • Francastel, P. (1982). A Realidade Figurativa. São Paulo: Perspectiva.
  • Freud, S. (1976). Lembrança Encobridora. Sobre A Psicopatologia Da Vida Cotidiana. Rio De Janeiro: Imago.
  • Gombrich, E.H.( 2008).  A História Da Arte. São Paulo: LTC. 
  • Joly, M. (2007). Introdução A Uma Análise Da Imagem.  Lisboa: Edições 70. 
  • Lacan, J. (1998). O Estádio Do Espelho Como Formador Da Função Do Eu. In: Lacan, J. Escritos. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
  • Rivera, T. (2013). O Avesso Do Imaginário: Arte Contemporânea e Psicanálise. São Paulo: Cosac Naify.
  • Wolfflin, H. (2006). Conceitos Fundamentais Da História Da Arte. São Paulo: Martins Fontes, p. 25-83.

O pensamento transdisciplinar em criações artísticas que atravessam fronteiras do sonoro/musical

AUTOR:

Thiago Salas Gomes - Universidade Federal de São Carlos.

RESUMO:

A transdisciplinaridade pretende-se enquanto nova maneira de pensar e relacionar os conhecimentos possíveis sobre objetos e fenômenos, rompendo as barreiras das especificações de cada disciplina, permitindo aprofundamento e ampliação dos assuntos investigados, expandindo o conhecimento dos seus domínios tradicionais na proposição de uma formação integralizadora, na qual os conhecimentos são compreendidos além dos limites estipulados pela lógica comumente fragmentada de disciplinas especializadas. Uma parcela significativa da música atual vem experimentando novos espaços para a sua realização, conjugando trabalhos com outras áreas das artes como dança,  teatro, vídeo/cinema, literatura, entre outras, convergindo em novas práticas que, muitas vezes, não são facilmente enquadradas nas definições normatizadas pelas instituições artísticas modernas, situação esta que proporciona ao experimentalismo se deslocar dos espaços determinados pelos estabelecimentos culturais, como os museus e salas de concertos, e mover-se em direção à outros espaços, transpassando territórios e operando novas formas de ação (NYMAN, 1999). A arte sonora e a música experimental são exemplos destes escapes aos limites da “música”, buscando novas associações, apropriando-se dos espaços de outras áreas do conhecimento e trazendo novas utilizações para os saberes alocados geralmente em disciplinas especificas, motivando a criação de novos territórios de aplicação destes saberes. Buscamos neste texto trazer aspectos que pretedem discutir a manifestação de um pensamento transdisciplinar em práticas que atravessam as teorias tradicionais da música, relacionando um modo de criação que se situa na fronteira entre diferentes disciplinas e que busca soluções práticas prestadas à satisfazer necessidades criadas em ações que visam a integração e o deslocamento de diversas linguagens artísticas.

REFERÊNCIAS:
  • Ariza, C. (2009). 21M.380 Music and Technology (Contemporary History and Aesthetics), Fall (Massachusetts Institute of Technology: MIT OpenCourseWare), http://ocw.mit.edu (Accessed 28 Jul, 2011). License: Creative Commons BY-NC-SA. 
  • Boufleur, R. (2006). A questão da gambiarra: formas alternativas de desenvolver artesanatos e suas relações com design de produtos. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, FAU-USP. São Paulo. 
  • Collins, N. (2007). Composing inside electronics. PhD by Publication University of East Anglia, Department of Music. Norwik.
  • Nicolescu, B. (1999). O Manifesto da transdisciplinaridade. Tradução: Lúcia Pereira de Souza. Triom. São Paulo 
  • Nyman, M. (1999). Experiemental Music: Cage and Beyond. Cambridge: Cambridge University Press. 
  • Nespoli, E. (2012). Reflexões acerca da metamorfose maquínica nos instrumentos sonoros. IV Seminário Música Ciência e Tecnologia: Fronteiras e Rupturas. 
  • Venturella, V. M. (2005). Rumo a uma abordagem transdisciplinar para a educação. In: II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade. II Congresso Mundial de Transdiciplinaridade.

AnELos da Ecologia Humana: conhecimento biossensível para pensar a criação de ambientes éticos, estéticos e ecológicos

AUTOR:

Rosana Gonçalves da Silva - Secretaria de Educação do Distrito Federal.

CO-AUTORA: 

Vera Lessa Catalão - Pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.

RESUMO:

O artigo apresenta uma reflexão sobre a ecologia humana como uma contribuição concreta e articuladora da educação ambiental em uma escola pública de Brasília, como parte de uma pesquisa de doutorado em desenvolvimento na Universidade de Brasília – UnB, durante o período de 2012 a 2015.  A intenção é pensar a ecologia humana como tradução do respeito à diversidade natural/cultural que sustenta a vida e, ao mesmo tempo, se compõe em ambiente biossensível educativo. Ao encorajar uma visão biossensível estaremos cooperando com as pessoas a se tornarem mais conscientes e entenderem melhor a importância da biodiversidade, os processos naturais e os serviços de ecossistema proporcionados a todos os seres vivos, as necessidades de outras espécies e animais individuais e as condições ambientais para uma vida saudável. Há nessa relação o princípio da reciprocidade, a base da sustentabilidade da vida. Esta relação do humano com os valores e a vida desvela que ciência buscamos no diálogo arte/educação/ecologia e formação. Também, uma ciência que articule uma educação criativa e insurgente em seus diversos ambientes educativos. A pesquisa trabalha com a noção de sustentabilidade como ações e atitudes que permitam que todos os seres coexistam, coevoluam e mantenham a biodiversidade. A compreensão de que todo ser humano deveria se encontrar e comungar com todas as formas de vida nos traz a dinâmica de uma vivencia ética, vitalmente social, econômica, natural e cultural, uma vez que precisamos criar novas metodologias em ciências humanas. É necessário perguntar-se, considerando todos os fenômenos mercadológicos e de massificação cultural nas sociedades urbano-industriais contemporâneas, se realmente existe uma estética, ou algum tipo de expressão artística, com poder redentor (será que existiu antes, no mundo clássico e medieval?). Essa é uma questão no mínimo interessante para o propósito de AnElos. A dimensão da estética como um fator de transformação do ser humano e a possibilidade de ação da arte como um instrumento político e educacional. As relações entre linguagem poética, estética e natureza surgem como anelamento para pensar a natureza como inspiração da consciência que reúne o si e o para-si . E, a partir de tal relação ampliar para a relação poética/natureza/cultura. Pois, o intelecto e o sentimento são funções importantes da percepção como o salto do transcendental para o ontológico, para a significação do ontológico para a experiência estética, a qual encontra-se no poético, na natureza. Conciliar a função de contemplação e ir além desta, para pensar também a produção. Assim, o texto traz a reflexão que suscita questões fundamentais para a compreensão de uma gama diversificada de problemas relativos a estética e sua relação com  a poética, a arte, a educação, a sociedade e a realidade. Agregar ethos, poiésis e aisthesis para articular maneiras de fazer arte/educação e educação ambiental, sobretudo, pensar as formas de visibilidade dessas maneiras e suas relações com a formação humana.

REFERÊNCIAS:
  • Amaral, M. V. N. (2010), Os instantes-já da Abordagem Triangular na Arte/Educação. In A Abordagem triangular no ensino das artes e culturas visuais/ Ana Mae Barbosa, Fernanda Pereira da Cunha (orgs). – São Paulo: Cortez.
  • Ardoino, J. A complexidade. (2001), In A Religação dos Saberes; o desafio do século XXI / jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin; tradução e notas, Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Bertram Brasil.
  • Barbosa. Ana Mae Tavares Bastos (2009), A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. 7. Ed. ver. - São Paulo: Perspectiva.
  • Barbosa. Ana Mae Tavares Bastos (1998), Tópicos Utópicos/ Ana Mae Barbosa. Belo Horizonte: C/ARTE.
  • Capra, Fritjof. (2005), As Conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix.
  • Catalão, Vera. M. L. (2009), Desenvolvimento sustentável e Educação Ambiental no Brasil in Desenvolvimento, Justiça e Meio Ambiente. Pádua, José Augusto (org). Belo Horizonte : UFMG, São Paulo: Peirópolis, p. 242-269.
  • Duarte JR., João Francisco (2004), O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba, Paraná: Criar Edições.
  • Dufrenne, Mikel. (1972) Estética e Filosofia. Editora Perspectiva S.A, São Paulo.
  • Freire, P. (1992), Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  • Gadotti, M. (2000). Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis.
  • Gadotti, M. (2008), Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Série Unifreire – vol. 2. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire. 
  • Gutiérrez, Cruz Prado e Francisco (2002), Ecopedagogia e Cidadania Planetária. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire.

El espacio urbano visto por los estudiantes de Magisterio de Educación Primaria de la Universitat de València

AUTOR:

Ricard Huerta - Universitat de València.

RESUMO:

En este trabajo planteamos una nueva mirada hacia la ciudad, al tiempo que descubrimos inusuales espacios vinculados al ámbito urbano, geografías aptas para crear escenarios de aprendizaje en los cuales se involucra el alumnado de Magisterio de Educación Primaria. La ciudad se convierte en un poderoso referente visual para los futuros educadores, un entorno capaz de articular el complejo entramado comunicativo de las calles. Se reivindica aquí el andar como práctica estética, y el paseo por la ciudad como resorte cultural muy adecuado para motivar a nuestro alumnado Encontramos trayectorias que nos conducen al arte, al patrimonio, a la literatura, a la fotografía, y muy especialmente al contexto educativo. La metodología seguida en este trabajo parte de un estudio cualitativo que se encuadra en planteamientos procedentes de los estudios culturales, utilizando un estudio de caso en el que participa el alumnado universitario.

REFERÊNCIAS:
  • Agra, M. J. (2007) “Geografías personales: un lugar donde detenerse”, en Calaf, Fontal & Valle (coords.) Museos de arte y educación. Construir patrimonios desde la diversidad. Gijón: Trea, pp. 305-318.
  • Aguirre, I. (2004) Beyond the Understanding of Visual Culture: A Pragmatist Approach toAesthetic Education, International Journal of Art & Design Education, Vol. 23, No. 3, pp. 256-269.
  • Alderoqui, S. & Pedersoli, C. (2011) La educación en los museos. De los objetos a los visitantes. Buenos Aires: Paidós.
  • Alderoqui, S. (2012) Paseos urbanos. El arte de caminar como práctica pedagógica. Buenos Aires: Lugar Editorial.
  • Augustowsky, G. (2012) El arte en la enseñanza. Buenos Aires: Paidós.
    Bourdieu, P. & A. Darbel(2004) El amor al arte: los museos europeos y su público. Barcelona: Paidos.
  • Careri, F. (2002) Walkscapes. El andar como práctica estética. Barcelona: Gustavo Gili.
  • Chang, E. (2006) “Interactive Experiences and Contextual Learning in Museums”, en Studies in Art Education, vol. 47 (2), pp. 170-186.
  • Duncum, P. (2007) Aesthetics, Popular Visual Culture, and Designer Capitalism, International Journal of Art & Design Education, Vol. 26, No. 3, pp. 285-295. 
  • Duncum, P. (2008) Holding Aesthetics and Ideology in Tension, Studies in Art Education, Vol. 49, No. 2, 122-135.
  • Falk, J. H. (2008) Viewing Art Museum Visitors Through the Lens of Identity, Visual Arts Research, Vol. 34, n. 2, pp. 25-34.
  • Fontal, O. (2007) “¿Se están generando nuevas identidades? Del museo contenedor al museo patrimonial”, en Calaf, Fontal & Valle (coords.) Museos de arte y educación. Construir patrimonios desde la diversidad, Gijón, Trea, pp. 27-52.
    Freedman, K. (2008) “Leading Creativity: Responding to Policy in Art Education”, en Eça & Mason International Dialogues about Visual Culture, Education and Art, Bristol, Intellect, pp. 39-47.
  • Franco, C. y R. Huerta (2011) “La creación de una mirada urbana. La ciudad de Santiago de Compostela interpretada por el alumnado de magisterio”, Educatio Siglo XXI, vol 29, nº 2, pp. 229-246.
  • Hernández, F. (2000) Educación y cultura visual, Barcelona, Octaedro.
  • Hooper-Greenhill, E. (1994) Museums and their visitors, Londres, Routledge.
  • Housen, A. (2007) “Art viewing and aesthetic development: Designing for the viewer” en P. Vileneuve (ed.) From Periphery to center: Art museum education in the 21st century (pp. 172-179), Reston, VA: National Art Education Association.
  • Huerta, R. (2008) Museo Tipográfico Urbano. Paseando entre las letras de la ciudad, Valencia, PUV.
  • Huerta, R. (2010) I Like Cities; Do You Like Letters? Introducing Urban Typography in Art Education, International Journal of Art & Design Education, Vol. 29, No. 1, pp. 72-81.

Relaciones entre discursos y prácticas de artistas-docentes universitarios. Reflexiones sobre el ejercicio de investigar en educación artística

AUTOR:

Mónica Marcell Romero Sánchez - Integrante grupo de investigación: Unidad de Arte y Educación; docente invitada Maestría en Educación Artística (Facultad de Artes, Universidad Nacional de Colombia)// Estudiante Doctorado en Artes y Educación (Universidad de Barcelona).

RESUMO:

Se espera compartir los tránsitos, acciones y tensiones que se han venido configurando alrededor de la investigación adelantada dentro del Doctorado en Artes y Educación, que estoy cursando, denominada: “Relaciones entre discursos y prácticas de artistas-docentes universitarios que enseñan artes”. Los desarrollos de ésta esperan aportar a la estructuración de un campo de estudio sobre la educación artística en el contexto colombiano.
Si bien la conformación de este campo parte de una distinción entre la enseñanza de las artes y la educación artística, por diversos fenómenos  de orden histórico y educativo, en nuestra cotidianidad esta diferencia no es muy clara y ambos asuntos parecieran convivir incluso de manera contradictoria.
Por tanto, los asuntos que se socializarán se derivan del trabajo con estudiantes de nivel de maestría que ejercen como profesores de artes. Aquí se pone en relación maneras de narrar la experiencia vivida de cada uno de los estudiantes-profesores, con su formación profesional y con el contexto en el que cada quien la desarrolla (escuela, universidad, ámbito informal). Construir teoría desde la práctica es un desafío, para nosotros como profesionales reflexivos (Shön, 1992) y es desde allí que se instalan preguntas del orden pedagógico y metodológico que configuran una identidad del docente de artes. Desde este contexto se esperan compartir reflexiones derivadas de acompañar por año y medio al grupo de profesores y estudiantes que hacen parte de la Maestría en Educación Artística de la Universidad Nacional de Colombia, para dejar planteadas algunas cuestiones relativas a la praxis del educador artístico.
La condición del profesorado que se intenta observar, se sitúa en el ámbito universitario. Allí se materializa una tensión que continúa vigente frente a la formación de artistas y de profesores de artes. Este es un asunto primordial, en el que se asume como eje central la experiencia, y precisamente la experiencia artística como constitutiva del saber del profesor.
Desde este último enunciado se cuestionan las maneras de abordar la pesquisa en donde quien investiga y es investigado es el profesor de artes, y cuyo sustento es tanto la experiencia del aula como su experticia artística. Por ello la revisión de los cruces metodológicos en el campo de la investigación y la enseñanza de las artes en el contexto universitario colombiano, se torna fundamental.
Es importante señalar que el proceso de investigación en mención tiene un soporte importante  en las imágenes y los registros como estrategia metodológica para configurar una mirada crítica en torno a la propia experiencia.  Este trabajo se ha ido recogiendo en bitácoras (cuadernos de viaje) elaboradas desde la cotidianidad a partir del estar en los espacios académicos de la Maestría durante 2013. Este archivo espera ponerse en relación con el marco teórico elaborado a la fecha centrado en tres conceptos: experiencia, pedagogía, y lo metodológico. Lo anterior con el objeto de aportar al campo de la formación de profesores y compartir  estrategias de investigación en  de educación artística.

REFERÊNCIAS:
  • Acaso, M., Ellsworth, E. & Padró, C. (2011). El aprendizaje de lo inesperado. Madrid: Los libros de la catarata
  • Acaso, M. (2012). Pedagogías invisibles. El espacio del aula como discurso. Madrid: Los libros de la catarata
  • Dietz, G (2011). Hacia una etnografía doblemente reflexiva: una propuesta desde la antropología de la interculturalidad. Recuperado de:  http://www.aibr.org/antropologia/06v01/articulos/060101.pdf
  • Farina, C. (2006) Arte, cuerpo y subjetividad: experiencia estética y pedagogía. Publicado en: Memoria Académica. Educación Física y Ciencia- 2006- Año 8. Buenos Aires: Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación de la Universidad Nacional de La Plata. Recuperado de: http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.134/pr.134.pdf
  • Freire, P & Guimarães, S. (1998). Diálogos sobre educación. Quito: CEDEC- Corporación Ecuatoriana para el Desarrollo de la Comunicación-
  • Hernández, F. (2011). Pensar la relación pedagógica en la universidad desde el encuentro entre sujetos, deseos y saberes. Barcelona: Universitat de Barcelona. Dipòsit Digital. Recuperado de: http://hdl.handle.net/2445/20946
  • Meirieu, P. (1998). Frankenstein educador. Barcelona: Laertes
  • Mörsch, C (2011). La mediación del arte en cuanto práctica crítica. Un concepto autorreflexivo y crítico frente a una pedagogía museística afirmativa, reproductiva y al servicio de la institución. García, C. (trad.) Recuperado de: http://www.goethe.de/wis/bib/prj/hmb/the/156/es8622710.htm   
  • Pollock, G.  (1988) Vision and difference. Feminity, Feminism and the histories of art. . Psychology Press.
  • Schön, Donald. (1992). La formación de profesionales reflexivos.
  • Skliar C, & Larrosa, J. (2011) (Comps) Experiencia y alteridad en educación. 1a ed. 1a reimp. - Rosario: Homo Sapiens Ediciones.
  • Sommer, D. (2005). Arte y responsabilidad. Recuperado de: http://es.scribd.com/doc/150923268/Doris-Sommer y de: http://www.red-redial.net/referencia-bibliografica-65925.html
  • Unidad de Arte y Educación (2008). Experiencia y Acontecimiento. Reflexiones sobre educación artística. Bogotá: Facultad de Artes, Universidad Nacional de Colombia.

Água da Rua: Um projeto de arte pública para descobrir a rede subterrânea que conecta a cidade aos rios

AUTOR:

Rachel de Sousa Vianna - InSEA.

RESUMO:

Partindo da idéia da arte como experiência que permite uma ressignificação dos espaços e dos hábitos do cotidiano, o projeto Água da Rua reuniu estudantes, trabalhadores, comerciantes, empresários, famílias e amigos do Bairro Santo Antônio em uma série de atividades voltadas para descobrir, ou re-descobrir, a rede subterrânea que conecta a cidade aos rios. Em um sentido mais amplo, o projeto buscou construir, coletivamente, uma consciência dos elos que unem cada um de nós, habitantes da cidade, uns aos outros e ao planeta.
Em Belo Horizonte, como na maior parte das grandes cidades brasileiras, os vestígios do sítio natural foram apagados: nascentes, cursos d’água, várzeas, vegetação nativa, morros  – tudo foi sendo coberto por camadas de asfalto e edificações, produzindo um ambiente uniforme, aparentemente independente dos recursos naturais. Para as gerações que nasceram e cresceram nas cidades, pode parecer que a água limpa brota das torneiras e a água suja simplesmente desaparece quando entra pelo ralo. De que rio vem e para qual rio vai a água que usamos no dia-a-dia? Quantos quilômetros ela percorre até chegar à nossa casa? Por quais caminhos ela passa? O projeto buscou suscitar este tipo de reflexão, levando as pessoas a se darem conta da relação intrínseca entre espaço urbano e natural.
Vários aspectos do projeto Água da Rua – intervenção urbana, participação ativa da população, engajamento em questões ambientais, combinação de referências da tradição popular e da arte de vanguarda – o caracterizam como uma manifestação de arte pública. A proposta cabe bem na definição de Maria Lúcia Montes (1998, p.278), para quem a arte pública “ressacraliza a relação do homem como seu meio-ambiente, fazendo-o descobrir, sob a cidade edificada, a sacralidade arcaica da natureza.” Também se aproxima do que Teixeira Coelho (2000, s/p) chama de “autêntica arte pública, a arte que, instalando-se num espaço não privado, transforma-o em espaço público, espaço da aproximação, do entrelaçamento, da solidariedade, espaço da construção dos laços éticos.”
Com início em novembro de 2010 e término em julho de 2011, o projeto desenvolveu um leque diversificado de atividades: oficinas de arte e de educação ambiental; pintura de muros, passeios e ruas; lançamento de blog; distribuição de adesivos, postais e cartazes informativos; cortejo festivo pelas ruas do bairro. Todas as ações foram pensadas como formas poéticas de sensibilizar e promover o conhecimento sobre o papel fundamental dos rios na sobrevivência da cidade.
Uma iniciativa do Coletivo Santo Antônio, um grupo independente de amigos que atuam na área cultural, o Água da Rua foi realizado em parceria com a COPASA, Companhia de Água e Saneamento Básico de Minas Gerais. Quatro escolas públicas, a associação do bairro, estabelecimentos comerciais localizados no Santo Antônio, órgãos públicos e vários movimentos e organizações ambientalistas se envolveram na proposta. É difícil estimar o número total de participantes e o alcance das suas ações, mas passados mais de dois anos do término do projeto, suas perguntas continuam reverberando. Passando pelas ruas Carangola e Leopoldina, ainda se lê: de que rio vem a água que você bebe?

REFERÊNCIAS:
  • Montes, M.L. (1998). Arte pública e cultura brasileira. In: Arte Pública. São Paulo: Sesc.
  • Teixeira Coelho, J.R. (2000, setembro). Cultura e Arte: Da política cultural à cultura política: O lugar da arte pública. Anais da Conferencia Iberoamericana de Ministros de Cultura. Ciudad de Panamá, Panamá.  Recuperado em  20 de abril, 2010, de  http://www.oei.es/teixeira.htm.

Proyecto de innovación educativa entre las áreas de Educación Artística y Educación Física. Actividades con los lenguajes abstracto y figurativo.

AUTOR:

Inés López Manrique - Dpto C.C. Educación, Facultad Educación y Formación del Profesorado, Universidad Oviedo, España.


CO-AUTORES:

Alejandro Carriedo Cayón - Dpto C.C. Educación, Facultad Educación y Formación del Profesorado, Universidad Oviedo, España.

Jose María Menéndez Jambrina - Dpto C.C. Educación, Facultad Educación y Formación del Profesorado, Universidad Oviedo, España.

RESUMO:

Sabemos que la práctica de actividad física y unos hábitos de vida  saludables favorecen un buen autoconcepto  de las personas, como explican: Carapeta, Ramires y Faro (2001); Goñi, Ruíz de Azúa  y Rodríguez (2004); Lindwald y Lindgren, (2005); Rodríguez, Goñi y Ruíz de Azúa.(2006); Revuelta y Esnaola 2011). De igual forma, desde hace tiempo se estudia si la práctica de actividad artística puede favorecer la mejora del autoconcepto (López, 2012; Pipa y Peixoto, 2011;Vispoel,1995). Las áreas de Didáctica de la Expresión Plástica y Didáctica de la Expresión Corporal de la Universidad de Oviedo trabajan conjuntamente en una línea de investigación que estudia la influencia de la actividad física y artística en el autoconcepto de los alumnos.
La realización de acciones conjuntas entre diferentes  áreas del ámbito educativo requiere del desarrollo  de propuestas específicas diseñadas  por el profesorado. Esto hace que la tarea  se caracterice por ser innovadora, siendo por medio de tanteos como se valore la idoneidad de las propuestas.
El presente trabajo muestra  una secuencia de actividades elaborada para el proyecto de innovación y cooperación interdisciplinar El desarrollo del autoconcepto en los adolescentes. Se trata de una propuesta inicial en la que se estableció un plan de trabajo entre las asignaturas de Educación Artística y Educación Física  para actuar de forma positiva sobre el autoconcepto de  alumnos adolescentes. El proyecto  pertenece al convenio de colaboración de la Universidad de Oviedo con la Consejería de Educación, Cultura y Deporte del Principado de Asturias para la realización de proyectos de innovación e investigación educativa convocados durante el curso 2012-13. Éste fue planteado con alumnos que cursan los  estudios de Bachillerato Artístico en la Escuela de Arte de Oviedo, situada en el Principado de Asturias comunidad del norte de España. El objetivo principal del proyecto era: “aplicar metodologías innovadoras que contribuyeran al desarrollo global del alumno favoreciendo una mejora del autoconcepto y la persistencia”. La valoración final del proyecto fue positiva tanto por alumnos como profesores y mediante el cuestionario AF-5 (García y Musitu, 2001) se comprobó de   forma cuantitativa  una mejora del autoconcepto de los estudiantes.
Dado que los alumnos de Bachillerato Artístico son muy receptivos a la información de carácter visual decidimos aplicar  una metodología  donde se combinara el visionado de imágenes abstractas y figurativas con la representación  de imágenes por los alumnos, en la que estos últimos  debían reproducir con su cuerpo las posiciones y movimientos representados por los elementos formales de las imágenes. Posteriormente deberían desarrollar un trabajo de representación gráfico-plástica de de los movimientos y posiciones del cuerpo adoptados utilizando lenguaje abstracto y figurativo.
La secuencia de ejercicios se estableció de la siguiente forma:
1. Estiramientos y carrera, visionado de fotografías con imágenes de predominio de figura humana  para posteriormente interpretar composiciones abstractas de línea mediante estiramiento de piernas y brazos.
2. Expresión corporal e imaginación a partir de ilustraciones sencillas y evocadoras de paisajes naturales.
3. Dibujo y fotografía tomando como modelos a los compañeros y escenario el gimnasio.

REFERÊNCIAS:
  • Carapeta, C., Ramires, A., Faro, M. (2001). Autoconceito e participaçao desportiva. Analise Psicológica,1 (XIX), 51-58. 
  • García, F., y Musitu, G. (2001). Autoconcepto forma 5. AF5. Manual. Madrid: TEA
  • Goñi, A., Ruíz de Azúa, S., Rodríguez, A. (2004). Deporte y autoconcepto físico en la preadolescencia. APUNTS. Educación Física y Deportes, 77, 18-24
  • Lindwal, M., Lindgren, E.C. (2005). The effects of a 6-month exercise intervention programme on physical self-perceptions and social physique anxiety in non-physically active adolescent Swedish girls. sychology of Sport and Exercise, 6, 643-658.
  • López Manrique, I.(2012).Relación entre la competencia de representación espacial, el autoconcepto, la motivación, la actividad artística y la actividad física de los estudiantes de los Títulos  de Magisterio en el ámbito de la Expresión Plástica. Tesis Doctoral. Universidad de Oviedo.
  • Pipa, J. y Peixoto, F. (2011). Artistic self-concept and self-esteem among performing arts and non-performing arts highschool students. Comunicación presentada en 2011 Self Biennial International Conference will be held at Laval University in Quebec City.
  • Revuelta, L., Esnaola, I. (2011). Clima familiar deportivo y autoconcepto físico en la
    adolescencia.European Journal of Education and Psychology, (4)1, 19-31. 
  • Rodríguez, A., Goñi, A., Ruíz de Azúa, S. (2006). Autoconcepto físico y estilos de vida en la adolescencia. Intervención Psicosocial, (15)1, 81-94.
  • Vispoel, W.P. (1995).Self-concept in artistic domains: An extension of the Shavelson, Hubner and Stanton (1976) model. Journal of Educational Psychology, 1995, 87, pp. 134-135.

El otro que habita en nuestras miradas. Percepción y mediación en la visualidad contemporánea.

AUTOR:

Valeska Bernardo Rangel - Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidad de Barcelona (UB)

RESUMO:

¿Qué pasa y qué nos pasa cuando somos confrontados con imágenes del otro presentadas en situaciones distantes de la nuestra? ¿Hacia dónde nos puede llevar una imagen cuando ésta pertenece al orden de lo inasible? Qué papel juega el profesorado en la mediación de estas imágenes tan difíciles. Estas cuestiones forman parte de la investigación que desarrollo en el programa de doctorado Artes Visuales y Educación (Universidad de Barcelona). Comparto, aquí, los recorridos y los tránsitos que me llevaron a la construcción de este objeto de estudio. Rescataré algunos momentos de mi trayectoria académica y docente, en los cuales he pensado algunas imágenes, a partir de la experiencia de mi propia mirada y la de algunos estudiantes. Se trata de puntualizar algunos marcos dentro de un proceso autogestionado de formación docente, desde la incertidumbre y los desvíos. Tales marcos me han llevado, hasta al momento, a repensar los modos por los cuales nos formamos como mediadores de imágenes. En especial, imágenes de la alteridad en situaciones de excepcionalidad. Desde mis primeros estudios de postgrado, he buscado (re)evaluar mi práctica docente. Mis inquietudes, mis dudas, mis incertidumbres, me guiaron en este proceso de (auto)formación docente. Comparto aquí, por lo tanto, un poco de esta trayectoria y como eso me ha ayudado a concretar mi tema de tesis.

REFERÊNCIAS:
  • Carli, S. (2006). Ver este tiempo. Las formas de lo real. En: DUSSEL, Inés (comp.) Educar la mirada: políticas y pedagogías de la imagen. Buenos Aires: Manantial, FLACSO/OSDE. 
  • Didi-Huberman, G. (1998). O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34.
  • Didi-Huberman, G. (2004). Imágenes pese a todo. Memoria visual del Holocausto. Barcelona: Paidós. 
  • Dussel, I. (2010) Educar la mirada: reflexiones sobre una experiencia de producción audiovisual y de formación docente. Disponible en: https://sites.google.com/site/bibliotecadigital32/pedagogia-de-la-imagen
  • Kiarostami, A. (1994). Sobre la mirada. (Una buena buena ciudadana). In.: Masschelein, Jan y Simons, Maarten (2006) Mensajes e-ducativos desde tierra de nadie. Barcelona: Laertes. 
  • Larrosa, J. (2003). La experiencia de la lectura. Estudios sobre literatura y formación. México: Fondo de Cultura Económica. 
  • Larrosa, J. (2008). Deseo de realidad. Algunas notas sobre experiencia y alteridad para comenzar a desenjaular la investigación educativa. (no publicado). 
  • Nancy, Jean-Luc (2007). A la escucha. Buenos Aires: Amorrortu.
  • Piussi, A. M. y MÉNDEZ, A. M. (coords) (2006). Educación, nombre común femenino. Barcelona: Octaedro. 
  • Sontag, Susan. (2003). Ante el dolor de los demás. Barcelona: Círculo de Lectores.
  • Sontag, Susan. (2008). Sobre la fotografía. Barcelona: De Bolsillo.
  • Vignale, S. (2009) Pedagogía de la incertidumbre. In: Revista Iberoamericana de Educación, no 48/2, OEI.

Pedagogia Teatral em Contexto Indígena: da performance ritual à representação do mito.

AUTOR:

José Maria Lopes Júnior - (Afiliação não declarada na inscrição)


RESUMO:

Esta comunicação faz parte de uma pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, na linha de pesquisa em Processos Educacionais em Artes Cênicas. Este artigo tem o objetivo de descrever e analisar os processos ensino/aprendizagem de teatro teatral a partir da contação de historias (narrativas orais) contadas por narradores indígenas nas respectivas aldeias e a recepção dessas mesmas narrativas transpostas para a cena, em que os próprios alunos índios contam, escrevem e se apresentam. Na pesquisa do doutorado intitulada de “Pedagogia Teatral em Contexto Indígena: da perfomance ritual à representação do mito” investiga-se os processos de ensino-aprendizagem de teatro com indígenas das diversas etnias do Estado de Rondônia, que estudam juntas no Projeto Açaí II no qual sou professor de Teatro desde 2008. A partir dos trabalhos realizados nas aulas de teatro com indígenas busca-se experimentar, investigar e descrever os processos encontrados pelos indígenas para encenar seus próprios mitos. A partir das apresentações dos espetáculos, investiga-se os processos de recepção teatral neste contexto intercultural.

REFERÊNCIAS:
  • Citro, Silvia (2009). Cuerpos Significantes: Travesias por los rituales tobas. Buenos Aires: Biblos.
  • Freire, Paulo (1999). Pegagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
  • Lopes da Silva, Aracy (1981). A questão da educação indígena. São Paulo: Editora Brasiliense.
  • Pavis, Patrice (2008). Diccionario de Teatro: dramaturgia, estética, semiologia. Buenos Aires: Paidós.
  • Pupo, Maria Lúcia de Souza Barros (2005). Entre o mediterrâneo e o Atlântico, uma aventura teatral. São Paulo: Perspectiva.
  • Vidal, Lux (1992). Grafismos Indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Novel USP FAPESP.

Analisa, Explora & Cria

AUTOR:

José Alberto Braga Rodrigues - InED, APEVT.

CO-AUTORA: 

Mónica Amado - InED, APEVT.

RESUMO:

Decorrente de uma quase perturbante ausência de publicações na área da educação artística e tecnológica destinada a professores, educadores, famílias e crianças de uma faixa etária entre os 6 e os 12 anos de idade surge o projeto “Analisa, Explora & Cria”. Fundamentamos a proposta que agora se apresenta numa perspetiva de construção de um recurso didático e pedagógico que, ao mesmo tempo, assumisse a abordagem aos conceitos da educação artística e tecnológica com caráter lúdico, passando pelas fases de análise (de artistas, as técnicas e as suas obras), de exploração de propostas com relação direta à obra dos artistas selecionados ou técnicas apresentadas para, finalmente, se partir para um nível de criação orientada mas autónoma a partir das abordagens previamente analisadas e exploradas.
Depois de um período inicial em que se estabeleceu o conceito e filosofia deste projeto, o mesmo foi desenvolvido numa investigação realizada no Centro de Investigação da Escola Superior de Educação do Porto – InED, aplicada a uma turma de mestrado e ainda numa ação de formação para professores, com a sua colaboração e participação neste projeto. A proposta final, concretizada no livro “Analisa, Explora & Cria” reúne um conjunto de sugestões de atividades de educação artística e expressão plástica e tecnológica, que podem facilmente ser desenvolvidas quer no primeiro ou segundo ciclo do ensino básico, ou mesmo nas atividades de enriquecimento curricular, constituindo assim um recurso passível de ser explorado em diferentes contextos de sala de aula passando ainda por outras propostas de exploração mais abrangente como o trabalho com um público adulto e para desenvolvimento no seio familiar.
A partir do projeto desta publicação, programaram-se e têm vindo a ser dinamizados cursos de formação que pretendem explorar situações que gerem novas práticas, que instiguem o olhar e que desestabilizem o estabelecido, ampliando, deste modo, a formação dos professores, na construção de sentidos e significados, e contribuindo para a diversidade no processo de ensino e aprendizagem da expressão plástica. Apresentam-se novas abordagens de apropriação das linguagens artísticas, através de um conjunto de recursos educativos, a explorar dentro e fora do livro, e um conjunto alargado de referências a artistas, às suas obras e às técnicas que exploram, procurando responder à necessidade de domínio de competências de literacia das artes e tecnologias.
Neste artigo daremos testemunho do percurso do projeto até agora desenvolvido, desde a sua génese até à formação de docentes que no presente momento desenvolvemos e que culminará em Junho de 2014 com a publicação do livro “Analisa, Explora & Cria” pela Edicare editora e que se pretende que seja um referencial na área.

REFERÊNCIAS:
  • Barbosa, A. M. (1991). A imagem no ensino da Arte. São Paulo: Edições Perspectiva.
  • Barbosa, A. M. (2008). A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva.
  • Deuchars, M. (2011). Let’s Make some Great Art. London: Laurence King Publishing.
  • Deuchars, M. (2012). Let’s Make some Great Fingerprint Art. London: Laurence King Publishing.
  • Edwards, B. (2012). Drawing on the Right Side of the Brain: The Definitive 4th Edition. London: Penguin Books.
  • Eisner, E. (2008). O que pode a Educação aprender das Artes sobre a prática da Educação? Currículo sem Fronteiras, 8(2), 5-17.
  • Gonçalves, E. (1991). A Arte descobre a Criança. Amadora: Raiz Editora.
  • Hernandez, F. (2000). Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre: ARTMED.
  • Iavelberg, R. (2003). Para gostar de aprender arte; sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: Artemed.
  • ME. (2004). Organização Curricular e Programas – 1º ciclo do ensino básico. 4.ª Ed. Lisboa: DGEBS.
  • Rodrigues, D. D. (2002). A Infância da Arte, A Arte da Infância. Porto: Asa Editora.

Vivências em Arte/Educação no hospital: conhecendo o aluno e suas condições de produção em artes visuais

AUTOR:

Marcos Vinícius Silva Magalhães - Universidade de Brasília.


CO-AUTORA:

Thérèse Hofmann, Universidade de Brasília.

RESUMO:

A partir do comprometimento com a realidade educacional, sobretudo aquela voltada para a perspectiva da educação especial, o ambiente hospitalar pode ser reconhecido com um espaço legítimo onde os processos educacionais podem se fazer presentes. Tendo em vista os aspectos legais da educação brasileira na atualidade, a “Classe Hospitalar” é a denominação de um ambiente educacional específico que se encontra dentro das instituições de saúde. Nesse sentido, os processos educacionais no ambiente hospitalar se configuram dentro do contexto da educação especial. Ao estruturar um processo de investigação da ação pedagógica dentro do hospital, ao longo do curso de Mestrado Acadêmico em Arte da Universidade de Brasília (UnB), o presente trabalho busca apresentar a realidade específica de uma unidade de saúde da região do Distrito Federal, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Por meio da apresentação de uma experiência artística vivida no contexto hospitalar, o trabalho busca reconhecer as especificidades do aluno hospitalizado e suas condições de produção em artes visuais, e, ao mesmo tempo, busca refletir sobre as possibilidades de articulação de um trabalho colaborativo entre os diversos agentes educacionais, reconhecendo o hospital como um espaço fecundo de experiências educacionais, artísticas e sociais. Assim, tendo em vista os aspectos éticos e sociais da pesquisa, o estudo considera que as crianças e adolescentes hospitalizados são, em sua maioria, alunos matriculados nas redes regulares de ensino de Brasília, sendo que alguns são provenientes das escolas de outras cidades. Nessa perspectiva, a experiência artística a ser considerada neste estudo buscou reconhecer o aluno em suas condições específicas, por meio do trabalho em grupo e de processos de compartilhamento de experiências culturais entre os mesmos.

REFERÊNCIAS:
  • Arosa, A. C., & Schilke, A. L. (Eds.). (2008). Quando a escola é no hospital. Niterói. Intertexto.
  • Bastos, F. M. C. (2005). Celebrando autorias: Arte, comunidade, e cotidiano em arte-educação. Visualidades, 3, 70-85.
  • Bastos, F. M. C. (2010). O perturbamento do familiar: Uma proposta teórica para a arte/educação baseada na comunidade. In A. M. Barbosa (Ed.), Arte/educação contemporânea: Consonâncias internacionais (3 ed.). (pp. 227-244). São Paulo: Cortez.
  • Fonseca, E. S. (2008). Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon.
  • Fonseca, E. S. (1999). A situação brasileira do atendimento pedagógico-educacional Hospitalar. Retirado de http://www.scielo.br/pdf/ep/v25n1/v25n1a09.pdf 
  • Magalhães, M. V. S. (2012). Arte/educação em hospital: Uma reflexão sobre as estratégias de ensino das artes visuais na classe hospitalar. (Monografia não publicada). Universidade de Brasília, Brasília.
  • Ministério da Educação. (2002). Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: Estratégias e orientações. Brasília: Secretaria de Educação Especial.

Bartleby, el fotógrafo

AUTOR:

Guillermo Calviño Santos - Miembro de la Unidad de Atención Educativa en Altas Capacidades de la Universidad de Santiago de Compostela.

RESUMO:

Esta comunicación pretende ser una narración de las fuentes inspiradoras de un taller extracurriucular para jóvenes adolescentes en el que se propone utilizar la fotografía como herramienta de exploración personal. Se trata de investigar algunas de las posibilidades de la fotografía en relación con conceptos como identidad y adolescencia. La fotografía es un medio con el que los jóvenes de nuestro entorno cultural están familiarizados, que está a su alcance y permite exteriorizar sentimientos que pueden ser complejos de verbalizar. Este tipo de proyectos no requiere de conocimientos técnicos previos y el planteamiento se aleja de los contenidos tecnológicos que habitualmente dan sentido a otro tipo de talleres fotográficos.
El punto de partida es la obra y vida de Diane Arbus, fotógrafa neoyorquina identificada como la fotógrafa de aquellos que viven en el extrarradio de la sociedad, de aquellos que se sienten diferentes, de quellos que la sociedad bienpensante necesita etiquetar y controlar para minimizar el efecto amenazador de su presencia. Se trata de un taller experimental que afronta conceptos sensibles y complejos y que en cierta medida se ha probado con jóvenes adolescentes a los que se han detectado oficialmente altas capacidades intelectuales. Esta especial condición marca en muchos casos la relación que estos chicos y chicas tienen con sus compañeros de aula. La reflexión sobre la diferencia y la gestión de las emociones que ella implica se hace más necesaria si cabe, ya que a los cambios físicos, psíquicos y sociales que experimentan todos los adolescentes se le añaden las dificultades de ser identificados por el grupo como individuos con intereses especiales al aumentar el riesgo de conductas de aislamiento o marginación. La experiencia acumulada con estos adolescentes ha servido para redefinir la propuesta y al mismo tiempo ha dado algunos frutos resaltables.

REFERÊNCIAS:
  • Arbus, D. (2005). Diane Arbus, revelations. 1. ed. ed. New York: Random House Inc.
  • Armstrong, C. (1993). “Biology, Destiny, Photography: Difference According to Diane Arbus”. EN: October. ,vol. 66 [S.l.] The MIT Press. p.28-54
  • Eisner, E.W. (2004). El Arte y la Creación de la Mente, El Papel de Las Artes Visuales en la Transformación de la Conciencia. Barcelona: Paidos Iberica Ediciones S A.
  • Ewing, W.A. (1996). El cuerpo, fotografías de la configuración humana. Madrid: Siruela.
  • Marcia , J. E. ( 1980 ). Identity in adolescence . In J. Adelson (Ed.), Handbook of adolescent psychology , (pp. 159 – 187 ) New York : John Wiley & Sons.
  • Salinger, J.D. (1978) El guardián entre el centeno. 1. ed. en “El Libro de bolsillo.” ed. Madrid: Alianza.
  • Sontag, Susan. (2009). On Photography. Reissue. ed. London: Penguin Modern Classics
  • Reed Shaffer, D. y Kipp, K. (2007). Psicología del desarrollo, infancia y adolescencia. 7a ed. ed. México: Cengage Learning Mexico.

Miradas al aula de enseñanzas artísticas

AUTOR:

Amparo Alonso-Sanz - Universitat de València.

RESUMO:

El presente trabajo forma parte de un estudio visual sobre los espacios educativos universitarios donde se desarrollan enseñanzas artísticas. Estos entornos tienen una idiosincrasia particular que les distingue de otros espacios educativos formales, como por ejemplo de las aulas en las escuelas o institutos. Y en mayor medida incluso se diferencian de los espacios educativos informales como las academias, talleres didácticos de museos… o de los lugares de ocio o esparcimiento.
El objetivo es visibilizar las miradas que los educadores puedan tener durante su formación inicial, respecto del aula en la que aprenden.
Para ello se cuenta con la participación de 31 alumnos/as matriculados en la asignatura “Didáctica de la educación plástica y visual de la educación primaria” del Grado de Maestro/a en Educación de la Facultat de Magisteri de la Universitat de València (España).
La metodología seguida es mixta, pues combinaría el enfoque cuantitativo con el artístico. Por un lado se emplea un análisis cuantitativo de datos, al enumerar las veces que son empleadas unas temáticas u otras en la generación de las imágenes. Por otro lado se utiliza la Investigación Educativa Basada en las Artes Visuales.
El método consiste en pedir a los estudiantes que opinen fotográficamente sobre el espacio de la clase y los elementos que alberga. De este modo recogemos sus voces y opiniones a través de recursos artísticos. La visión que se tiene del aula es expresada por el alumnado mediante capturas de las cámaras fotográficas de sus teléfonos móviles, en el marco de la propuesta de aprendizaje a través del mobile learning.
Los resultados son por un lado datos numéricos y por otro fotografías independientes, así como series: muestra, estilo, secuencia y fragmento.
La interpretación de los resultados numéricos se lleva a cabo mediante texto, mientras que la interpretación de las imágenes se realiza a través de foto-ensayos.
Las conclusiones nos aproximan a nuevos interrogantes visuales respecto de los lugares y objetos del aula a los que presta atención el alumnado, así como aquellos que resultan ignorados.

REFERÊNCIAS:

  • Alonso-Sanz, A. (2013). A favor de la Investigación Plural en Educación Artística. Integrando diferentes enfoques metodológicos. Arte, Individuo y Sociedad, 25(1) 111-120.
    Acaso, M. (2013). Reduvolution. Hacer la revolución en la educación. Barcelona: Paidós.
  • Brazuelo, F. & Gallego, D. (2011). Mobile learning. Los dispositivos móviles como recurso educativo. Sevilla: MAD (Eduforma).
  • Eisner, W. E. & Barone, T. (2006): Arts-Based Educational Research. En J. L. Green, G. Camilli y P. B. Elmore (Eds.), Handbook of complementary methods in education research (pp. 95-109). Mahwah, New Jersey: AERA.
  • Huerta, R. (2008). Museo tipográfico urbano. Valencia: Servei de Publicacions de la Universitat de València. ISBN 9788437071497.
  • Marín, R. (2005): La “Investigación Educativa Basada en las Artes Visuales” o “Arteinvestigación educativa”. En R. Marín (Ed.), Investigación en Educación Artística (pp. 223-274). Granada: Editorial Universidad de.
  • Marín, R. y Roldán, J. (2008): Imágenes de las miradas en el museo. Un fotoensayo descriptivo- interpretativo a partir de H. Daumier. En R. de la Calle y R. Huerta (Eds.), Mentes Sensibles. Investigar en Educación y Museos. (pp. 97-108). València: Publicacions de la Universitat de.
  • Marín, R. y Roldán, J. (2009): Proyecciones, tatuajes y otras intervenciones en las obras del museo (Un fotoensayo a partir de T. Struth). Arte, Individuo y Sociedad, 21, 99-106.
    Marín, R. y Roldán, J. (2010): Photo essays and photographs in visual arts-based educational research. International Journal of Education through Art, 6 (1), 7-23.
  • Pérez, G. y Roldán, J. (2012). La identidad visual del docente universitario: Un ensayo visual a partir de David Hockney. En M. D. Callejón y M. I. Moreno (Eds.) Arte, educación y cultura. Aportaciones desde la periferia, (178, pp. 1-10). Jaén: Ilustre Colegio Oficial de Doctores y Licenciados en Bellas Artes de Andalucía.
  • Pinola-Gaudiello, S: y Roldán, J. (2012). Imagen vs. Texto: la fotografía documental en las investigaciones de educación artística. En M. D. Callejón y M. I. Moreno (Eds.) Arte, educación y cultura. Aportaciones desde la periferia, (185, pp. 1-9). Jaén: Ilustre Colegio Oficial de Doctores y Licenciados en Bellas Artes de Andalucía.
  • Roldán, J. y Marín, R. (2012). Metodologías artísticas de investigación en educación. Málaga: Aljibe.
  • Mascarell-Palau, D. (2012). Salvem el Cabanyal. Alumnado de magisterio produce cultura visual a través de sus teléfonos móviles. II Jornadas Investigar con Jóvenes. Grupo de Investigación Edarte, Departamento de Psicología y Pedagogía Universidad Pública de Navarra, 233-243.

Memórias e vivências de passagem: atividades de mediação cultural

AUTOR:

Fabiane Pianowski - UNIVASF / InSEA.

RESUMO:

O projeto de ensino e extensão “Memórias e Vivências de Passagens: atividades de mediação cultural” é parte integrante da disciplina de Práticas de Ensino das Artes Visuais III e surgiu da necessidade de engajar os alunos do curso de Artes Visuais da Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF) em atividades dirigidas à comunidade. Nessa disciplina o foco do processo de ensino-aprendizagem é o ensino de artes visuais na educação não formal, sob essa perspectiva, o projeto proporcionou que os alunos organizassem, preparassem e vivenciassem experiências de mediação cultural no âmbito não formal para posteriormente analisá-las e discuti-las em sala de aula. Através dessas atividades, o projeto apresentou à comunidade questionamentos relacionados à imagem e o patrimônio cultural, focando nos aspectos de memória, história e cultura da fotografia, assim como a relação da imagem como fator educativo. Foram expostas fotografias das cidades de Petrolina e Juazeiro e a escolha do local para a realização das atividades foram pautadas no fluxo de pessoas e na possibilidade de um maior número de participação da comunidade, por este motivo foi escolhida a Praça da Misericórdia na cidade de Juazeiro-BA. A intenção foi possibilitar que os alunos através da prática da mediação interagisse com o público, instigando-o a ver e pensar as fotografias apresentadas para estabelecer relações com a suas próprias memórias e vivências da cidade. 

REFERÊNCIAS:
  • Alencar, Valéria Peixoto (2008). O mediador cultural: considerações sobre a formação e profissionalização de educadores de museus e de exposições de arte. 97f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, São Paulo.
  • Barbosa, Ana Mae; Coutinho, Rejane Galvão (2009). Arte/educação como mediação cultural e social. São Paulo: UNESP.
  • Carvalho, Lívia Marques (2008). O ensino de artes em ONGs. São Paulo: Cortez.
  • Martins, Mirian Celeste; Picosque, Gisa (2012). Mediação cultural para professores andarilhos na cultura. São Paulo: Intermeios.
  • Nakashato, Guilherme (2012). A Educação não formal como campo de estágio: Contribuições na formação inicial do arte/educador. São Paulo: SESI.
  • Pimenta, Selma Garrido; Lima, Maria Socorro Lucena (2004). Estágio e docência. São Paulo: Cortez.

A investigação qualitativa com uso de tecnologias interativas na educação artística

AUTOR:

Cristiane Herres Terraza  - IFB - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília.

Vídeo apresentado durante a apresentação: https://www.youtube.com/watch?v=bdDojvxO8D8

CO-AUTOR:

Leandro A. Grass Peixoto - Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio.

RESUMO: 

As significâncias geradas pelo indivíduo em sua percepção da cidade no que se refere à construção estética, bem como da rede de relações nela constituída incluem-se nos estudos atuais da cultura visual, subárea dos estudos em arte. A cultura visual se desenvolve como estudos do campo visual não reconhecidamente artístico, mas que está presente como conjunto de acontecimentos visuais a que estão submetidos os indivíduos na atualidade.
O trabalho proposto relata o resultado da reflexão sobre um percurso de pesquisa concretizado durante o ano de 2013 em uma escola particular de ensino médio em Brasília que teve como tema as “Reflexões do espaço urbano de Brasília a partir da pintura metafísica de Giorgio de Chirico”. Nesta pesquisa, com o objetivo de ampliar as reflexões efetuadas no grupo, propôs-se a realização de uma poética cuja composição utilizava a interação com utilização de dispositivos móveis.
O texto em questão objetiva apresentar a pesquisa como fundamento e prática de aprendizagem no contexto da educação artística no ensino médio, considerando um caso ilustrativo de construção/ desconstrução do conhecimento a partir de uma proposição poética com o engendramento de novas perspectivas a partir da interação com uso de recursos digitais.
De tal modo, concluiu-se que a pesquisa como prática educativa pode proporcionar não só o conhecimento acerca de uma realidade, mas uma inventividade crítica emergida do contexto vivenciado pelo estudante, uma vez que objeto de estudo é apreendido e também analisado de modo complexo e dinâmico. Em uma estratégia de investigação e análise de dados, envolvimento com a realidade e expressão de sua complexidade, os estudantes pesquisadores constroem percursos peculiares de apropriação e reflexão de saberes que estimulam a autoria e rompem com a cultura do instrutivismo.
A prática pedagógica realizada possibilitou, por seu caráter investigativo, a transversalização que integrou saberes artísticos, geográficos, históricos e sociológicos no que diz respeito à construção de conceitos sobre espaço, lugar e redes de convivência, promovendo uma apreensão mais complexa e completa, ainda que no ensino médio, do assunto tratado.

REFERÊNCIAS:
    • Dias, Belidson (2013). Preliminares: A/r/tografia como Metodologia e Pedagogia em Artes. In: B.
    • Dias, Belidson e Irwin, Rita. Pesquisa educacional Baseada em Arte: A/r/tografia. Santa Maria: UFSM.
    • Demo, Pedro (1998). Educar pela pesquisa. Campinas, S.P.: Autores Associados.
    • Demo, Pedro (2004). Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. Petrópolis, R.J.: Vozes.

    Ecodesign e Artes Visuais: a extensão na formação do professor/artista/pesquisador na UNIVASF

    AUTOR: 

    Ana Emidia Sousa Rocha - Bolsista PIBEX – UNIVASF, 2013-2014

    CO-AUTORES:

    Danilson Oliveira de Vasconcelos, Professor colaborador
    Fabiane Pianowski, Docente colaboradora
    Flávia Maria de Brito Pedrosa Vasconcelos, Orientadora
    Jamisson Félix Cardoso, Discente voluntário
    Kathyanne de Souza, Discente voluntário
    Paulo Vinícius Pereira de Almeida, Discente voluntário
    Ricardo Guimarães, Docente colaborador

    RESUMO:

    O Projeto Ecodesign e Artes Visuais: Indústria Criativa na Produção de Mobiliário Sustentável na Universidade foi desenvolvido com o objetivo de produzir mobiliário sustentável, utilizando princípios do ecodesign; e oferecer elementos que contribuam para a formação de docentes/artistas/investigadores possibilitar a partir da pesquisa de materiais recicláveis e com o uso direto de sobras de materiais da indústria, do comércio e da UNIVASF, buscando articulação entre universidade e meio ambiente. A metodologia se baseia nos aspectos qualitativos e quantitativos em poéticas artísticas e educativas, em um proposta multi, inter e trans (MIT). Como projeto que abarca ensino, pesquisa e extensão, também se constitui num território de uma Research-led Practice in Creative Arts (pesquisa baseada em práticas artísticas criativas), que proporciona readequação de materiais que estariam ou seriam descartados, dando-lhes um sentido reconfigurado e consonante à perspectiva da indústria criativa. O trabalho aconteceu em ambiente presencial e virtual, com estudo teórico, pesquisa de materiais e produção de objetos (croquis, maquetes e protótipos). O resultado de doze meses de trabalho foi a produção de algumas peças de mobiliário (protótipos) e o aperfeiçoamento de conhecimentos apreendidos na Licenciatura em Artes Visuais.

    REFERÊNCIAS:
    • Cahnmann-Taylor, M; Siegesmund, R. (Eds.) (2008). Arts-based research in education: foundations for practice. New York, NY: Routledge.
    • Castro, Maria Luiza A. C. (2008)Da ética construtivista à ética sustentável: a trajetória do design. Cadernos De Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. V. 8, n. 1, p.122-132. Disponível em <http://www.mackenzie.com.br/dhtm/seer/index.php/cpgau/article/view/172/97>. Acesso em 16/07/2013.
    • Luttropp, C.; lagerstedt, J. (2006). Ecodesign and the ten golden rules: generic advice for merging
    • environmental aspects into product development. In: Journal of Cleaner Production. Elsevier. p. 1396-1408.
    • Naime, Roberto, Ashton, Elisa, Hupffer, Haide Maria. (2012). Do design ao ecodesign: pequena história, conceitos e princípios. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. V 7, n° 7, p. 1510-1519, Mar/Ago 2012. Disponível em <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/view/5265>. Acesso em 27/04/2013.
    • Vasconcelos, F.M.B.P. (2011) Proposta Multi, Inter e Trans do Ensino de Artes - MITEA. Matriz
    • Referencial de Artes – 1º ao 9º ano do ensino fundamental. In: JUAZEIRO, Prefeitura Municipal de Educação. Proposta Curricular: o direito de aprender. Juazeiro/BA: Gráfica Obelisco.
    • Silva, Eliana Zaroni Lindenberg. (2007). Pesquisa: uma experiência de ensino na aprendizagem de processos de criação em design com resíduos sólidos recicláveis. Anais do III Fórum de Pesquisa FAU Mackenzie. Disponível em <http://www.mackenzie.br/foruns.html>Acesso em 27 de abril de 2013.

    Video-fragmentos do Projeto Ondas Radiofonicas

    AUTOR:

    Marcelo Simon Wasem - Professor Adjunto no Instituto de Artes, Departamento de Linguagens Artísticas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (RJ).

    RESUMO:

    O presente registro audiovisual faz parte da tese de doutorado denominado “Radiofonia Cartográfica: sintonias e deslocamentos em processos de arte colaborativa”. Esta possui como tema central uma investigação acerca dos relacionamentos entre artista e público em processos colaborativos, levando em consideração a obra não mais como síntese ou produto final desta interação, e sim um dispositivo poético na busca por aproximar estes dois agentes. Uma das experiências desenvolvidas na tese e apresentada aqui com o presente vídeo é o projeto Ondas Radiofônicas, realizado entre 2009 e 2010, tendo como principal local de atividades o Museu da Maré. Localizado na comunidade Morro do Timbau, o projeto interagiu com as comunidades que formam o complexo de comunidades da Maré, na cidade do Rio de Janeiro.
    O projeto teve como meta trabalhar com a dimensão da sonoridade nas esferas simbólica, estética e política em um processo de arte colaborativa através de oficinas de educação não formal, grupos de discussões e ações que pudessem descentralizar o próprio fazer artístico do artista em direção ao público participante. Desta forma, ele contou comigo no papel de artista proponente e principal articulador, mas contando com a constante contribuição de outros artistas, educadores, ativistas de fora do bairro Maré em conjunto com jovens moradores e as populações das comunidades ao redor. Ao final deste período mais intenso de troca de saberes foi montada uma exposição coletiva, composta por instalações e obras interativas pensadas, executadas e mediadas pelo grupo de jovens mais participantes.
    De forma sucinta podemos apontar que um dos aprendizados neste processo é a ampliação da escuta do outro, através da perda do controle total sobre todas as etapas, uma vez que a colaboração com o outro implica em um permanente estado dialógico. Também é impossível sintetizar tais processos em objetos de arte. Cabe ao artista, após este envolvimento, reunir fragmentos do que ocorreu e relatar para aqueles que não tiveram o convívio presencial sobre o que se passou, consciente de que este relato nunca poderá dar conta do que aconteceu e, por isso não pode ser representado ou re-apresentado por completo.
    Voltando-se mais especificamente ao papel do artista, que realiza um deslocamento não só físico, mas também entre territórios simbólicos, em contato com diferentes agentes, podemos nos aprofundar nesta investigação da arte colaborativa. Como é chegar em uma coletividade que habita determinado contexto? É possível se aproximar, entender e se apropriar dos códigos culturais de uma região, levando ainda em consideração que em uma localidade podemos analisar características similares e díspares, que se aglutinam e convivem simultaneamente? Perguntas que atravessaram todo este período de contato com a Maré, iniciado com o projeto Ondas Radiofônicas e que continuam a fazer parte de nossas investigações em diversos outros contextos.

    REFERÊNCIAS:
    • Aamben, Giorgio (2005). O que é um dispositivo? Tradução Nilcéa Valdatti. In: Outra travessia. No.5. Florianópolis: Editora da UFSC. p.9-16.
    • Bishop, Claire (2004).  Antagonism and relational aesthetics. in October. New York: MIT PRESS, vol. 110, p. 51-79.
    • Bourriaud, Nicolas (2006 (1998)). Estética Relacional. Buenos Aires: Adriana Hidalgo. 144 p.
    • Capusso, Marina (2013). Relato da mesa “Todo homem é um artista”. Fórum Permanente.
    • Chagas, Viktor (2009). Por que é cidadão o jornalista cidadão? História das mídias e jornalismo cidadão de base comunitária na Maré. Dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rio de Janeiro, RJ. Disponível em: <http://virtualbib.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2676/CPDOC2009ViktorHenriqueCarneirodeSouzaChagas.pdf?sequence=1> Acesso em: 15 fev. 2010.
    • Deleuze, Gilles. O que é um dispositivo? In: Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990, pp. 155-161. Tradução de Wanderson Flor do Nasciemento.Disponível em: <http://escolanomade.org/pensadores-textos-e-videos/deleuze-gilles/o-que-e-um-dispositivo> Acesso em 2 set. 2012.
    • Foucault, Michel (1996). Microfísica do poder. Tradução e organização de Roberto Machado. 12. ed. Rio de Janeiro: Graal.
    • Helguera, Pablo (2011). Educação para uma arte socialmente engajada. In: Helguera, Pablo &
    • Hoff, Mônica (orgs.). Pedagogia no campo expandido. Tradução de Camila Pasquetti, Camila Schenkel, Carina Alvarez, Gabriela Petit, Francesco Settineri, Martin Heuser e Nick Rands. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 438 p.
    • Kester, Grant H (2000). Conversation pieces: collaboration and artistic identity. In: Unlimited Partnerships: Collaboration in Contemporary Art, CEPA Gallery. Buffalo: New York. Disponível em: <http://digitalarts.ucsd.edu/~gkester/Research%20copy/Partnerships.htm> Acesso em: 31 mai. 2008.
    • Kinceler, José Luiz; Althausen, Gabrielle; Damé, Paulo. Desestabilizando os limites – Arte relacional em sua forma complexa. Disponível em: <http://www.unifacs.br/anpap/autores/118.pdf> Acesso em: 18 jul. 2007.
    • Laddaga, Reinaldo (2006). Estética de la emergência: la formación de otra cultra de las artes. Buenos Aires: Adriana Hidalgo.
    • Lersch, Teresa Morales; Ocampo, Cuauhtémoc Camarena. O conceito de museu comunitário: história vivida ou memória para transformar a história? Disponível: <http://www.abremc.com.br/pdf/5.pdf> Acesso em: 15 jan 2013.
    • Parramon, Ramon (2007). Arte, experiencias y territorios en proceso. In: Parramon, Ramon (org.). Arte, experiencias y territorios en proceso: Espacio público/espacio social. Calaf, Manresa: Idensitat Associació d´Art Contemporani.
    • Schafer, R. Murray (2001). A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. Tradução de Marisa Trench Fonterrada. São Paulo: Editora UNESP.



    Programas educativos em instituições museais e culturais de Belo Horizonte e região metropolitana: o olhar de quem desenvolve o trabalho e sua perspectiva profissional

    AUTOR:

    Mailine Bahia Fernandes - Sesc Palladium


    RESUMO:

    Atualmente no Brasil, muito tem se falado, discutido e evidenciado ações educativas em museus e centros culturais. Essa pesquisa busca uma reflexão sobre o dinâmico e emergente cenário profissional de educadores da educação não-formal em instituições de Belo Horizonte e Região Metropolitana onde irá discutir a real condição de trabalho e perspectivas profissionais para o setor.
    O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), através de sua Política Nacional de Museus estabelece dentro das suas diretrizes a necessidade de políticas públicas voltadas para a democratização do acesso a estes espaços. Portanto, os programas educativos ganham força econômica e política na viabilização de projetos de atendimento ao público nessas instituições.
    Exemplo disso, o IBRAM, através de consultas públicas em instancias nacionais e regionais, busca a efetivação de um Programa Nacional de Educação Museal que constituirá diretrizes para o desenvolvimento do trabalho nesse setor, buscando o fortalecimento do campo profissional e fomentando políticas públicas para a área. Para a criação do programa foram criados, a partir de Grupos de Trabalho (GTs), 10 fóruns de discussão que contemplavam os seguintes temas: Perspectivas conceituais; Gestão, Profissionais de Educação Museal; Formação, Capacitação e Qualificação; Redes e Parcerias; Estudos e pesquisas; Acessibilidade; Sustentabilidade; Museus e comunidades; e Comunicação. Tais temas são as bases do documento preliminar do Programa Nacional de Educação Museal – PNEM que encontra-se aberto para sua finalização ainda em 2014.
    Essa pesquisa estabelece uma relação direta com o GT Profissionais da Educação Museal a partir da evidenciação da atuação profissional e a situação no mercado de trabalho de parte integral ou parcial da equipe de educadores de 09 instituições museais da cidade de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Para isso, foi proposto uma análise qualitativa com base em questionários que busca entender quem são as pessoas que compõem essa equipe a partir de sua formação, tempo de serviço, perspectiva profissional, experiências anteriores na educação não-formal, vínculo de trabalho com a instituição, etc. Os resultados apontam para uma convergência de dados entre a realidade profissional do setor e as propostas apresentadas no documento preliminar do PNEM.

    REFERÊNCIAS:
    • Coutinho, R. (2013). O educador pesquisador e mediador: questões e vieses. Pós Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG, 3, 45-55.
    • Documento Preliminar do Programa Nacional de Educação Museal. (2013). Programa Nacional de Educação Museal – PNEM: Plataforma de Diálogo para a construção de um Programa de Educação Museal. Brasília, DF. Recuperado em 15 março, 2014, de http://pnem.museus.gov.br/wp-content/uploads/2014/03/DOCUMENTO-PRELIMINAR.pdf
      Equipe Itaú Cultural. (2007). Não-fronteiras: universos da educação não-formal (Rumos Educação Cultura e Arte, 2), São Paulo, SP,  Itaú Cultural.

    Estamparia Adinkra: um diálogo transdisciplinar entre África e Brasil

    AUTOR: 

    Flora Sipahi Pires Martins Figueiredo - Instituto de Artes da UNESP

    RESUMO:

    A presente comunicação refere-se a um projeto transdisciplinar que envolveu as áreas de História, Geografia e Artes Visuais e foi elaborado juntamente aos alunos do 4º ano do ensino Fundamental (9 a 10 anos) da Escola Viva, em São Paulo.
    Nessa escola trabalhamos a partir de eixos temáticos que norteiam o currículo das diferentes áreas do conhecimento e que variam de acordo com a série escolar. No 4º ano, o eixo temático está diretamente relacionado às áreas de História e Geografia e às questões dos deslocamentos populacionais, trajetórias familiares e deslocamentos nas grandes cidades. Esse eixo temático é constituído a partir de perguntas norteadoras e pretende-se abordá-lo do ponto de vista transdisciplinar.
    No segundo semestre, o estudo se volta para o continente africano, devido principalmente ao fato de um grande contingente populacional ter se deslocado da África para o Brasil, sobretudo no século XIX. Durante as pesquisas, cada grupo/sala pode eleger diferentes aspectos do continente para serem comentados, e, geralmente, alguns países são escolhidos para serem analisados com maior profundidade. Muitas das discussões e pesquisas realizadas nesse trabalho estão vinculadas aos estudos das manifestações artísticas e culturais dos povos africanos ou afro-brasileiros.
    No atelier, no final do ano passado, aprofundamos nosso estudo artístico e antropológico sobre o continente africano ao nos voltarmos às produções do povo Axanti, do país de Gana. Nessa região homens e mulheres produzem carimbos e tintas para fabricar peças de estamparia vinculadas à simbologia Adinkra. Essa complexa simbologia foi desenvolvida pelo povo Axanti no século XVI e ainda sobrevive na região. Cada símbolo Adinkra está ligado a um provérbio ou significado e muitos se relacionam a animais, vegetais, corpos celestes e vida em sociedade.
    Para estudarmos sobre esse essa manifestação artística, consultamos livros e assistimos a filmes na internet. Os alunos mostraram-se entusiasmados com a pesquisa e foram convocados pela professora Atelierista a elaborar seus próprios símbolos bem como criarem seus carimbos. Cada criança confeccionou dois carimbos com madeira e E.V.A. e em seguida, pôde experimentar as técnicas de impressão em suporte como papeis e tecidos. Inspirados pela observação dos motivos geométricos e de suas repetições presentes nos tecidos africanos, os alunos criaram, primeiro individualmente e depois, coletivamente padrões em estampas.
    Ao longo do processo, surgiram variados tipos de formas e significados relacionados aos carimbos confeccionados, bem como diferentes combinações e padrões gráficos nas estampas produzidas. Estas estampas e as fotos que registram o processo de criação das mesmas foram expostas a toda comunidade escolar durante o evento da série. O processo de trabalho mostrou-se como uma interessante oportunidade de lançar olhares para outro contexto cultural e, a partir daí criar pesquisas artísticas, conectadas aos valores e à sabedoria da simbologia Adinkra.

    REFERÊNCIAS:
    • Nascimento, Elisa L. (2009). Adinkra: sabedoria em símbolos africanos. Rio de Janeiro: Pallas. 
    • Sommerman, A., Mello, M. F., & Barros, V. M. (2002). Educação e Transdisciplinaridade. São Paulo: Triom. 
    • Fazenda, Ivani C. A. (1991). Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola. 

    A arte sustenta o quê?

    AUTOR:

    Eliana Gomes Pereira Pougy - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP.

    RESUMO:

    Apresento os resultados parciais de meu doutorado sobre as resistências infantis ao poder da escola na passagem da biopolítica - definida por Foucault como o governo da vida humana -, para a ecopolítica - definida por Passetti como o governo da vida do planeta. A escola ecopolítica, de acordo com a sustentabilidade, valoriza o brincar, a arte, o diálogo e um ambiente acolhedor. A questão que fica é: o que vem a ser sustentabilidade e de que forma a escola ecopolítica mantém continuidades em relação à biopolítica?

    REFERÊNCIAS:
    • Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos (1998) Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte.
      Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos (2002a) John Dewey e o ensino da arte no Brasil. São Paulo: Cortez.
    • Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos (2002d) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez.
    • Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos (2002b) A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva.
    • Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos (2002c) Arte-Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva.
      Benjamin, Walter. (1984) Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus.
    • Brasil. (2007a) A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília: MEC/SEE.
    • Brasil. (2005a) Brincar para todos. Brasília: MEC/SEE.
    • Brasil. (2009a) Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC/SEB.
    • Brasil. (2005b) Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília: MEC/SECAD.
    • Brasil. (2009b) Ensino fundamental de nove anos: passo a passo do processo de implantação. Brasília: MEC/SEB.
    • Brasil. (2007b) Escola que protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes. Brasília: MEC, SECAD.
    • Brasil. (2007c) Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: MEC/SEB.
    • Brasil. (2004) Novo Manual Internacional de musicografia Braille. MEC/SEE.
    • Brasil. (2009c) Orientações técnicas-serviços de acolhimento. Brasília: MDS.
    • Brasil. (1998a) Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.
    • Brasil. (2000) Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.
    • Brasil. (2007d) Plano Nacional de Mudanças Climáticas – Versão para consulta pública. Brasília: MDS/Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima.
    • Brasil. (2001) Programa Parâmetros em Ação, meio ambiente na escola: bibliografia e sites comentados. Brasília: MEC/SEF.
    • Brasil. (1998b) Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.
    • Bronfenbrenner, U. (1996) A Ecologia do Desenvolvimento Humano: Experimentos Naturais e Planejados. Porto Alegre: Artes Médicas.
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    • Carneiro, B. (2012) A construção do dispositivo meio-ambiente. Revista Ecopolítica, 4: 5-18.
    • Castelo Branco, G. (2001) As resistências ao poder em Michel Foucault. Trans/Form/Ação [online], vol.24, n.1, pp. 237-248, 2001. http://www.scielo.br/pdf/trans/v24n1/v24n1a16.pdf Consultado em: 23 maio 2012.
    • Deleuze, Giles. (1992) Post-scriptum sobre as Sociedades de Controle. In Conversações: 1972-1990. Rio de Janeiro: Ed. 34, 219-226.
    • Deleuze, Giles.; GUATTARI, F. (1997) Mil Platôs – Capitalismo e esquizofrenia. Vol. 5. São Paulo: Editora 34.
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      Dodge, J.; CARNEIRO, M. A. B. (2007) A descoberta do brincar. São Paulo: Melhoramentos/ Boa Companhia.
    • Eisner, E. (2002) The arts the creation of mind. New Haven: Yale University Press.
    • Foucault, Michel. (1996) Vigiar e punir. Petrópolis: Editora Vozes.
      Foucault, Michel. (2007) A governamentalidade. In: FOUCAULT, M. A microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal.
    • Foucault, Michel. (2000) A microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal.
    • Foucault, Michel. (2008a) Segurança, Território e População. São Paulo: Martins Fontes.
    • Freire, Paulo. (1987) Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra.
    • Freire, Paulo. (1997) Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra.
    • Freire, Paulo. (2002) Ação Cultural para a Liberdade. São Paulo: Paz e Terra.
    • Friedmann, A. (1994) Brincar, Crescer e Aprender. São Paulo: Moderna.
    • Friedmann, A. (2004) A Arte de Brincar. São Paulo: Vozes.
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    • Fusari, Maria ; Ferraz, Maria Helena (1992) Arte na Educação escolar. São Paulo: Cortez.
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    • Piaget, Jean. (1976) Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
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    • Winnicott, D. W. (1975) O brincar & a Realidade. Rio de Janeiro: Imago.

    O que se ensina e o que se aprende nas licenciaturas em Artes Visuais a distância?

    AUTOR:

    Jurema Luzia de Freitas Sampaio - Doutora em Artes Visuais pela ECA/USP, Editora-chefe da Revista Digital Art& (www.revista.art.br).

    RESUMO:

    Esta reflexão é a síntese do relatório de qualificação da pesquisa de doutorado em Artes Visuais na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, intitulada “O que se ensina e o que se aprende nas Licenciaturas em Artes Visuais a distância?”, que tem como meta realizar análise crítica de currículos de formação de profissionais de ensino de Artes Visuais nos cursos de licenciatura em Artes Visuais oferecidos na modalidade a distância, buscando mapear a epistemologia da EaD em artes visuais. Refere-se às análises preliminares dos dados colhidos na pesquisa, apresentados na qualificação. A pesquisa está fase final de sistematização do relatório de conclusão, como forma construir um “retrato” da atual situação da Educação a Distância em Artes Visuais no Brasil.

    REFERÊNCIAS:
    • Brasil. (2012) Universidade Aberta do Brasil - UAB. Disponível em <http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6:o-que-e&catid=6:sobre&Itemid=18>. Acesso em: 01 de mai.2012.
    • Lobo Neto, F.J.S. (2000) Educação à distância: regulamentação, condições de êxito e perspectivas. Disponível em: <http://www.intelecto.net/ead_textos/lobo1.htm>. Acesso em: 03 dez.2000.
    • Mattar, João. (2012) Tutoria e integração em educação a distância. Série Educação e Tecnologia. São Paulo: Cengage Learning.
    • Sampaio, H. (1991) Evolução do ensino superior brasileiro, 1908 – 1990. NUPES/USP.
    • Sampaio-Ralha, J.L.F. (2003) A utilização da linguagem VRML na Educação a Distância em Arte. Dissertação de mestrado. IA/UNESP. 2003. Orientação Prof. Dr. Milton T. Sogabe.  Disponível em: <http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bia/33004013063P4/2003/ralha_jlfs_me_ia.pdf>.
    • Sampaio, J.L.F. (2007) “Comunidades Virtuais - O que é, para que serve, porque usar; como usar e como não usar”. In: MORAES, Ubirajara Carnevale. (Org.) Tecnologias Educacionais e Aprendizagem: Estratégias no uso dos recursos Digitais. 1ª. ed. São Paulo: Livro Pronto, v. 1, p. 167-182.
    • Shneiderman, B. (2006) O Laptop de Leonardo: como o novo Renascimento já está mudando a sua vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

    Prévia: Uma Relação de Ensino e Aprendizagem em Rede

    AUTOR:

    Leticia Nakano - Instituto de Artes Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho".

    CO-AUTORES:

    Aline Moreno de Oliveira, Anderson Godinho, André Ribeiro Bontorim, Aryani de Almeida Marciano, Beatriz Ruco, Fabio Kanashiro, Gabriela Tomie Ono Sakata, Iramaya Haddad Battaglia, Isaac de Moraes Neto, Maria Clara N. P. Salles, Raquel Senna, Rita Bredariolli e Vitor Bento Botarelli.

    RESUMO:

    Abordaremos aqui um projeto artístico/educacional desenvolvido no Instituto de Artes da Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, localizado na cidade de São Paulo, Brasil. Criado em 2008 por graduandos do curso de Artes Visuais, com o objetivo de abordar os assuntos exigidos na prova de habilidades específicas de artes visuais, o PRÉVIA, curso Pré-vestibular do Instituto de Artes, funciona até hoje, movido pelo trabalho de outros alunos do mesmo curso e de colaboradores externos que se interessaram em continuá-lo.
    Seu foco inicial foi nos vestibulares das principais universidades públicas do estado São Paulo. No entanto, diante de questionamentos sobre o papel dos cursos pré-vestibulares como paliativos para insuficiências do ensino básico, sobre o próprio sistema de seleção através do vestibular e sobre ensino de arte, o PRÉVIA foi se configurando como um espaço de reflexão e discussão sobre arte/educação. Tais questionamentos também trouxeram inquietações sobre o estudo e o ensino da arte e da história da arte que geralmente tende, inclusive na nossa própria formação acadêmica, a se restringir a um desfile de artistas, obras e movimentos artísticos, geralmente europeus, ao longo de uma linha do tempo. Apoiado na noção de que a história não é um relato definitivo e acabado, o grupo do cursinho passou a organizar suas aulas pela tessitura de relações, urdida a partir de temas, em um movimento que os aproxima do conceito de “tema gerador”, definido por Paulo Freire (Freire, 1987), sensíveis, portanto, às mais variadas manifestações estéticas existentes e aos contextos que as cercam, recorrendo a imagens e perguntas como disparadores. Essa ação artístico/educacional propõe assim, outros caminhos de construção de conhecimento, condizente ao movimento do pensamento associado à ideia de rede (Lévy, 2010), portanto, não linear e estabelecido em desdobramentos gerados pelo trabalho colaborativo (Damiani, 2008).
    Assim se desenhou uma estrutura na qual tanto o planejamento quanto as aulas se caracterizam como um grupo de estudo e de trocas, o que favoreceu a abertura de portas para que se estabelecesse uma aproximação entre a comunidade interna e externa à universidade. As aulas do PRÉVIA acontecem durante o segundo semestre do ano, enquanto no primeiro semestre os encontros são destinados a reuniões de planejamentos, estudos e pesquisas daqueles que são os responsáveis pela organização desse projeto. Nos encontros são levados os assuntos preparados para as aulas em forma de apresentação visual. As aulas acontecem como conversas, pautadas em um “roteiro” derivado desses planejamentos antecedentes. Porém, não o tomamos como determinante, mas como gerador de um debate orgânico. Desse, segue-se uma proposta prática, da qual derivam discussões sobre desenho geralmente relacionadas aos temas abordados teoricamente. Essas experiências e experimentações (Dewey, 2010) carregam a vontade de sinalizar alternativas e outras formas de lidar com o conhecimento e as relações de ensino/aprendizagem.
    Buscamos, ao apresentar a história do PRÉVIA, pela análise das concepções e proposta metodológica que o fundamentam, compartilhar uma forma de pensar e estruturar uma ação de ensino e aprendizagem da arte vinculada ao movimento rizomático (Gallo, 2010) da construção do conhecimento em rede.

    REFERÊNCIAS:
    • Damiani, M. (2008, Janeiro-Junho). Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar em revista, n. 3, pp. 213, 230.
    • Dewey, John (2010). Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes.
    • Freire, Paulo (1987). Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
    • Gallo, S. (2005). Deleuze e a Educação. 1ª. reimp. Belo Horizonte: Autêntica.
    • Lévy, Pierre. (2010).  As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática, 2ª. ed. São Paulo: Ed. 34.

    Que formação estétIca para docência?

    AUTOR:

    Luciana Gruppelli Loponte - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    RESUMO:

    Compartilho nesse texto inquietações relacionadas às possibilidades e apostas em uma formação estética docente, além de uma formação específica, não apenas ligada apenas aos docentes vinculados às artes, mas extensiva a formação de qualquer professor. Em um primeiro momento, apresento análises iniciais sobre levantamento realizado em torno de pesquisas que aliam formação estética e docência no banco de teses da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal a Nível Superior) de 2006 a 2010, no âmbito de pesquisa financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), procurando apreender a emergência de discussões e autores diante da indeterminação de que se trata uma formação aliada a uma dimensão estética. Na segunda parte do texto, procuro apresentar discussões oriundas da pesquisa “Arte contemporânea e formação estética para a docência”, procurando dar um contorno mais nítido a experimentações de formação nesse âmbito.
    Percebe-se uma abertura maior para a temática de formação estética em entidades educacionais brasileiras importantes tais como a ANPEd (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação), principalmente a partir da criação do GT Educação e Arte. As abordagens e matrizes teóricas utilizadas nestes estudos são variadas: psicologia, filosofia, arte, educação e autores como Foucault, Nietzsche, Deleuze, Vigótsky, Eisner, Ranciére, Adorno etc. Embora muitos desses trabalhos se aproximem e levantem questões semelhantes, distanciam-se em relação às abordagens teóricas e metodológicas. Quando se fala em formação estética do que mesmo está se falando? Que tipo de formação docente está se buscando a partir dessas discussões?
    Por outro lado, tenho buscado demarcar o espaço para a dimensão estética no âmbito da formação docente, com ênfase cada vez maior em perspectivas contemporâneas de estética, em que as noções modernas de “beleza” e de apreciação estética não sejam tão centrais. Cabe assim ir adiante das questões que têm sido apontadas nas pesquisas mais recentes, buscando estratégias para a formação estética de docentes considerando a arte de nosso tempo, em especial, a arte contemporânea. Compreendemos aqui a arte contemporânea não apenas como mais um estilo ou “ismo”, mas como um modo de pensar que abrange e não exclui outras formas de arte, de épocas, lugares e culturas distintas. É preciso ressaltar também que não nos apropriamos dos principais conceitos artísticos contemporâneos visando à criação de metodologias de ensino ou abordagens pedagógicas em aulas de arte. Por outro lado, temos buscado pensar a partir das produções artísticas contemporâneas, criando a nossa própria “coleção de exemplos” (De Duve, 2009), para instigar a docência como campo expandido, mais aberta para a dúvida em relação a propostas pedagógicas cristalizadas, a invenção de práticas educativas contemporâneas ao tempo em que vivemos, às novas relações entre escola e produção de conhecimento, entre docentes e estudantes com os quais trabalhamos, considerando  afinidades inusitadas entre áreas de conhecimento, sem temer as tensões possíveis que podem existir entre arte e docência.

    REFERÊNCIAS:
    • Bourriaud, N. (2009). Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins.
    • De Duve, T. (2009). Cinco reflexões sobre o julgamento estético, Revista Porto Arte, Porto Alegre, 16 (27), 43-65.
    • Dias, R. (2011). Nietzsche, vida como obra de arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
    • Helguera, P., Hoff, M. (orgs.). (2011). Pedagogia no campo expandido. Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul.
    • Hermann, N. (2010).  Autocriação e horizonte comum: ensaios sobre educação ético-estética. Ijuí: Unijuí.
    • Hermann, N. (2005). Ética e estética: a relação quase esquecida. Porto Alegre: EDIPUCRS.
    • Loponte, L.G. (2013). Arte para a Docência: estética e criação na formação docente. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, Education Policy Analysis Archive, 21 (25), 1- 22.
    • Loponte, L.G. (2012). Desafios da arte contemporânea para a educação: práticas e políticas. Archivos Analíticos de Políticas Educativas / Education Policy Analysis Archives, 20, 1-19.

    Visualidades em práticas transdiciplinares na formação de professores para a educação básica.

    AUTOR:

    Maria Emilia Sardelich - Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


    Para acompanhar a discussão durante a apresentação:
    https://docs.google.com/file/d/0BxW1cFmN8ULlamdMbHl4QmRrSVU/edit?pli=1

    CO-AUTORES:

    Lady Polyanna Silva de Arruda, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
    Maria do Socorro Costa Limeira, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
    Maria Laudicéia Almeida Lira, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV,
    Shirley Tanure, Universidade Federal da Paraíba/GPEAV.

    RESUMO:

    No dia a dia do século XXI experimentamos a ineludível exigência por competências para lidarmos com o gigantismo do conhecimento. O crescimento sem precedentes do conhecimento também demanda a revisão constante de qualquer formação, especialmente a de professores. Inúmeros pesquisadores têm apontado que as Universidades e centros de formação de docentes se encontram, ainda, distantes do que se supõe a formação de competências para os desafios contemporâneos. Apesar das inúmeras reformas, que vem ocorrendo em diversos países do planeta, a prática comum na formação de docentes ainda tem a ver com um modelo anacrônico, porém resistente, da disciplinaridade em uma suposta aplicação direta da teoria na prática. Gatti e Barreto (2009) indicam que as entidades profissionais e científicas ainda são resistentes às soluções interdisciplinares devido a forte tradição disciplinar que marca os currículos das Licenciaturas no Brasil. Por outro lado, Nicolescu (1999) afirma que o prefixo “trans” refere-se àquilo que está, ao mesmo tempo, entre, através e além de qualquer disciplina, posto que seu objetivo é a compreensão do mundo presente. É com o intuito de participar desse amplo debate sobre as práticas transdisciplinares na formação de professores que apresentamos a experiência do Grupo de Pesquisa em Ensino das Artes Visuais (GPEAV), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em sua pesquisa sobre os “modos de ver” a docência que circulam entre licenciandos da UFPB. Quais são as representações da docência entre os Licenciandos em formação no Brasil do século XXI, momento em que esta profissão conta com reduzido status social?  Como sinaliza Hernandez (2005), chegamos aos cursos de Licenciatura com uma identidade, uma biografia em construção alicerçada em nossas experiências de gênero, etnia e classe social. Vários pesquisadores da área, como Alves (2007), Blikstein (2006), Cunha (2001), afirmam que construímos uma concepção de docência na relação social que mantivemos ao longo da nossa escolarização, marcada pelo papel discente, o que levaria a uma inconsciente reprodução dos modelos aprendidos. Em geral, nos cursos de Licenciatura, parte do conteúdo de Didática trata da questão da identidade do professor. A identidade profissional é um processo de construção do sujeito e fundamenta-se na significação social da profissão, na revisão dos significados sociais dessa profissão, bem como das tradições e práticas consagradas (Pimenta, 1997). No componente curricular Didática trabalhamos com a memória educativa dos licenciandos para que estes possam fazer uma reflexão sobre a ação de seus professores e suas experiências como alunos. A produção da memória educativa abarca a linguagem verbal e visual. Na produção visual o Licenciando apresenta uma imagem que, para ele, represente a docência. A imagem pode ser de autoria própria ou alheia, produzida a partir de qualquer técnica. Essas imagens são compartilhadas e interpretadas pelo coletivo. Buscamos investigar a formação de professores, a partir das representações, crenças e preconceitos dos licenciandos, pois estes afetam a aprendizagem da docência, possibilitando ou dificultando as transformações.

    REFERÊNCIAS:
    • Alves, Nilda (2007). Nós somos o que contamos: a narrativa de si como prática de formação. In: Elizeu Clementino de Souza.  Histórias de vida e Formação de Professores: Boletim 1, TVE, Salto para o Futuro, mar., 62-69.
    • Blikstein, Paulo (2006). Mal-estar na avaliação. In: Marco Silva & Edméa Santos. Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola.
    • Cunha, Maria Isabel da (2001). Aprendizagens significativas na formação inicial de professores: um estudo de caso no espaço dos cursos de Licenciatura. Interface, 5 (9),103 -116. 
    • Gatti, Bernadete Angelina & Barreto, Elba Siqueira de Sá (2009). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO. 
    • Hernández, Fernando (2005). A construção da subjetividade docente como base para uma proposta de formação inicial de professores de artes visuais In: Fernando Hernandez & Marilda Oliveira (org.). A formação do professor e o ensino das artes visuais. Santa Maria: Editora Universidade Federal de Santa Catarina.  
    • Pimenta, Selma Garrido (1997). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez.
    • Nicolescu, Basarab (1999). Um novo tipo de conhecimento: transdisciplinaridade. Anais do Primeiro Encontro Catalisador do CETRANS, Escola do Futuro, Universidade de São Paulo. Itatiba, SP, Brasil.